terça-feira, 10 de junho de 2008

Papai-Mamãe Não?!?!

Campanha Publicitária da C&A de Dia dos Namorados 2008 intitulado "Papai-Mamãe Não!" foi tirada do ar, e encartes contidos em lojas de todo País foram tiradas de circulação.Motivo? Consideraram abusiva e erótica.
Parece que "Papais e Mamães" não gostaram muito da propaganda da C&A, fizeram denuncias, e Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária)abriu processo sobre o anúncio que era vinculado a noite em rede nacional.

Confesso que no dia em que vi a propaganda na TV fiquei com aquela cara de "nossa, que isso", achei um pouco apelativa, mas também criativa e ousada.

Parece que os catálogos tinham situações excitantes e divertidas, e li "depoimento" de uma pessoa que viu esse catálogo, e disse que realmente achou ofensivo devido aos pictogramas com posições sexuais não usuais, e que qualquer pessoa que visse conseguiria identificar isso, inclusive crianças. Não tenho nada a dizer a respeito, pois não vi esse material, apenas vi a propaganda televisiva.

O que eu sei é que a C&A ficou no preju, pois além de ter campanha publicitária censurada pode no fim do processo receber multa de R$500 mil a R$5 milhões.

É, parece que mostraram que nesse dia dos namorados Papai- Mamãe Sim!!!

Sabe o que é engraçado? Fizeram todo esse escarcel com essa propaganda(estejam cientes que não estou a favor ou contra), porque é ofensiva ou o caramba a quatro, mas os filhos dessa gente pode assistir às insinuações nas novelas, mulher melância do creu, ouvir, ver e dançar esse lixo de funk etc, mas de maneira alguma podem ver um comercial da C&A, engraçado, não?

Pimenta nos olhos dos outros é refresco, quando colocaram a frase "papai-mamãe não" acho que mexeu com eles....

Confiram os videos censurados!!!












http://insightpublicidade.wordpress.com/2008/06/09/papai-mamae-nao-ca-tira-do-ar-campanha-considerada-erotica/

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa